Assembleia Nacional Popular, Agendou a Discussão de Situação das Pessoas com Deficiência

Segundo os dados do recenseamento geral da população ( Censo 2009), 13.590 (treze mil e quinhentos e noventa ) são pessoas com algum tipo de deficiência, correspondentes (0,94%), destas as mulheres, representam 46,1% da população com deficiência e têm sido as mais penalizadas/discriminadas. Essas pessoas, na sua maioria, não têm acesso aos serviços básicos indispensáveis a todos os seres humanos.

Os efeitos negativos de deficiência afetam enormemente a população, e muito particularmente e com maior gravidade as crianças, por significar crescer num clima de privação de vários experiências, de abandono e de rejeição por parte da sociedade.
A situação sociocultural e/ou na maioria dos grupos sociais e étnicos do país, entende a deficiência como uma maldição, um castigo, sanção social por algum erro, por transgressão de algo proibido, pelo pecado cometido pela própria vítima de deficiência ou dos pais. Um recém-nascido com algum tipo de deficiência, para muitas etnias é considerado um sinal de descontentamento dos ""deuses"" contra a família ou comunidade e, ele muitas vezes, é atirado ao mar ou submetidas outras práticas para não sobreviver. A explicação deste comportamento é que essa criança pertence as divindades ocultas, devendo, por isso, obrigatoriamente regressar a ela.

Outras famílias pura e simplesmente, optam por esconder a criança com deficiência, impedida de ser vista por vizinhos ou estranhos, estas são as que sofrem todos os tipos mal tractos no seio da sua própria família. A falta de aceitação das crianças/pessoas com deficiência, visível tanto no meio familiar, comunidade, escola, emprego e na sociedade, faz com que muitas delas sejam obrigadas a deixar suas famílias e forçadas a mendigar nas ruas pela sua sobrevivência. É notório que as pessoas com deficiência pertencem o grupo mais vulnerável de população guineense.

Nota importante: o mundo vive a era dos direitos, era da evolução, vamos trocar a exclusão pela inclusão, que são Direitos (políticas públicas - leis, estratégias, convenções, iniciativas, programas, projetos, etc... ) E não a caridade ( esmola, mendicidade) como acontecia no século passado.