Capacitação dos jornalistas em matéria dos direitos das pessoas com deficiência e da prevenção contra à Covid-19

Os órgãos de comunicação social, em especial, rádios e televisão, constituem veículos fundamentais na transmissão das informações a nível nacional, a FADPD-GB preocupada com a fraca capacidade em matéria e linguagem de comunicação usual relativa a deficiência, dado ao desconhecimento das questões da inclusão de diferentes tipos de deficiência, constatados ao nível dos distintos órgãos e na perspectiva de que as mensagens de prevenção contra a Covid-19 devem ser inclusivas ou seja, de igual modo, as informações devem ser recebidas para toda a população sem excepção. Nesta linha e como forma de estimular e assegurar uma comunicação inclusiva relativa a nova crise mundial e no sentido de não deixar ninguém para trás, foi realizado no dia 09 de agosto de 2020, na Casa dos Direitos em Bissau uma sessão de capacitação para os jornalistas em matéria da deficiência, dos direitos das pessoas com deficiência com enfoque na Convenção Internacional dos Direitos das Pessoas com Deficiência, nos seus artigos 9º (acessibilidade) e 25º (saúde) e mecanismos de prevenção contra a COVID-19.

O acto de abertura contou com a presença do Presidente da Federação das Associações de Defesa e Promoção dos Direitos das Pessoas com Deficiência da Guiné-Bissau (FADPD-GB), Lazaro Barbosa, na sua alocução começou por agradecer a presença da Responsável de Governança do Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD) na pessoa de Luana Natali, enfatizando que o acto, reviste de capital importância para a sociedade no seu todo e assinalou que esta actividade, faz parte de conjunto delas que serão realizadas durante três meses no quadro da presente acção “Por um ambiente favorável às pessoas com deficiência durante e após a pandemia do coronavírus COVID 19” em prol das pessoas vulneráveis, inclusive as com deficiências e para que os jornalistas estejam preparados com competências e que colaborem para um novo alcance na divulgação de informação na abordagem inclusiva a toda a população da Guiné-Bissau. “Sensibilização para a aculturação das pessoas no uso de linguagem inclusiva e menos pejorativa, são situações que contribuirão na mitigação e consequente diminuição de estigmatização em relação às pessoas com deficiência no contexto social do país”, rematou.

De seguida, a Luana Natali Responsável de Governança do Programa das Nações Unidas na Guiné-Bissau (PNUD), na sua intervenção, afirmou que neste período de COVID-19 é importante não deixar ninguém para trás e os jornalistas são parte fundamental para a comunicação inclusiva e que todas as acções devem ser inclusivas e acessíveis a todos. E que este processo de capacitação faz parte da estratégia na luta inclusiva contra a COVID-19, e “é importante identificar as barreiras para poder enfrentá-las”, concluiu.